domingo, 9 de outubro de 2016

ㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤEram quase 3:49 da madrugada, já não conseguia dormir como nas noites anteriores, peguei o celular e desbloqueei várias e várias vezes, meu coração parecia a Salgueiro de tanto que batia, eu abri sua janela, fiquei nela pelo menos uns minutos, olhando pra foto sem nada, apenas o bonequinho vazio, tive medo de mandar mensagem e ela voltar, queria mandar um ‘’Oi, eu ainda estou aqui, eu sinto sua falta, eu te amo’’ mas não conseguia nem enviar o ‘’Oi’’ que havia escrito. Eu já era completamente uma estranha, não sabia se estava acordada, talvez fiquei pensando como teria sido seu dia, se ele foi corrido como sempre, se você ganhou mais um roxo, ou se ainda queria matar um, enquanto pensava várias coisas na cabeça, fechei sua janela, e estava doendo tanto, porque dói tanto e tem doído muito sem você aqui. Eu queria te contar as novidades, e fiquei imaginando como seria, esquecer dos problemas que te fez se afastar, e conseguir sorrir só por falar com você, mas saberia que você responderia com frieza, ou talvez nem responderia mais. Três dias, três longos dias, que parecem meses, 72H que não passam, e nisso já era quase 5:00 ou talvez quase isso, o sol já estava amanhecendo e era mais um domingo, provavelmente você estaria em casa, ou não, não saber que é ainda mais doloroso, fiquei lembrando que nenhuma decisão é boa depois das 2:00 da manhã, e eu nunca vou aprender isso, eu continuei ali olhando pra sua janela, até finalmente conseguir apagar por algumas horas, eu sei que talvez jamais voltará a existir “nós”, mas eu ainda vou te amar pra sempre e estou tentando aprender que com o tempo essa dor vai diminuir até que um dia eu não sinta mais nada. Mas ainda não consigo não pensar no ‘’Será que passa?’’